Inclusão Social

Este Blog prove um espaço de informações, pesquisa e interação com pesquisadores, profissionais, estudantes, familiares e portadores de deficiência que tenham interesse nos assuntos referentes à Nova Era da Inclusão Social.

Sunday, August 27, 2006

LEITURA

Capítulo 1 – O Leão de Neméia – O DESVIO como ponto de partida e
Capítulo 3 – O Javali de Erimanto – AINDA A DEFICIÊNCIA: Uma discussão conceitual de: AMARAL, Ligia A. Conhecendo a deficiência em companhia de Hércules, São Paulo: Robe editorial, 1995.

Aspectos observados:

· Abordado o tema “deficiência”:
- Sob o ponto de vista médico (patológico) – características físicas e biológicas são relevantes;
- Sob o ponto de vista social: engloba aspectos biológicos e sociais(o modelo que a sociedade espera do indivíduo).
-
· Indivíduo concreto: inserido dentro de um contexto sócio-cultural.

· A deficiência é definida de acordo com valores estéticos, morais, raciais, culturais, religiosos e econômicos. Além disso, é preciso contextualizá-la cultural e historicamente. As mudanças sociais contribuem para que se mude o conceito de “não capaz”. É o que Amaral chama de “divisor de águas” ou “divisor social”.

· A autora traz dois “novos” conceitos de deficiência: “primária” e “secundária”.

- Deficiência primária: é um elemento que engloba as limitações em si. Neste grupo aparecem:
- Deficiência: relativa a toda alteração do corpo ou aparência física, de um órgão ou de uma função.
- Incapacidade: reflete a conseqüência das deficiências em termos de desempenho e atividade funcional do indivíduo.
- Deficiência secundária: incidem sobre ela fatores extrínsecos (valores sociais existentes).
Neste grupo, encontramos:
- Desvantagem: representa a expressão social. Provém da falha ou impossibilidade em satisfazer as expectativas ou normas do universo em que o indivíduo vive.

Na segunda parte da aula, discutida uma carta de uma adolescente dirigida à conselheira sentimental de uma revista Miss Lonelyhearts, incluída no livro de GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4.ª ed. Rio de Janeiro, Zahar, 1982. A autora da carta é uma garota de 16 anos, muito infeliz, por ter nascido sem nariz, fazendo com que todos se afastem dela.

Foram lançadas as seguintes perguntas sobre o texto: A autora da carta pode ser vista como tendo :

· Uma Doença? Qual?
· Uma Deficiência? Qual?
· Incapacidades? Quais?
· Desvantagens? Quais?

Respostas:

- Doença: a maioria dos grupos respondeu que não havia doença, por encarar doença como ausência de saúde, apenas um dos grupos, apoiando-se no texto de Gilberto Velho, considerou a garota como doente.

- Deficiência: sim, pois apresenta uma alteração em sua aparência física(o fato dela não ter nascido com o nariz).

- Incapacidade: acordado que ela tem apenas uma incapacidade
(limitação na capacidade olfativa),. Discutido neste aspecto que o termo correto é TER INCAPACIDADE e NÃO SER INCAPAZ.

- Desvantagem: a sociedade não a aceita esteticamente e ela se sente prejudicada por não conseguir namorar, relacionar-se com outras pessoas. Está em desvantagem nas situações em que há contato face a face. Não está em desvantagem ao comunicar-se por telefone, por carta, por e-mail, MSN, Orkut, etc.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home